quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A Mitologia Brasileira


Olá Queridos!!! 👦👧

O mês de agosto já acabou. Passa rapido. Né mesmo?

Mas não poderíamos deixar de falar um pouco sobre uma data muito importante do nosso calendário que se comemora nesse mês : Dia 22 de agosto - Dia do Folclore

Por isso resolvemos trazer um texto que achamos muito interessante e que nos faz refletir sobre algo que talvez nunca tenhamos parado pra pensar: 

Você já ouviu falar em Mitologia Brasileira?

Sabia que ela existe? 

Pois bem,  leia o texto, tire suas conclusões e deixe um comentário aqui com seu nome e turma, gostamos de saber que vcs estão acompanhando!

Boa leitura!!😄

💙💓💚💛💜💝


MITOLOGIA BRASILEIRA 

Por Marcio Couto ( Historiador)


Nós, que hoje vivemos em um  mundo moderno,  cercado de tanta tecnologia,  com acesso aos mais variados tipos de informações, seja pela internet, em bibliotecas públicas ou privadas,  pela TV a cabo ou pelos outros tantos meios de comunicação,  normalmente não nos damos conta da longa caminhada que a humanidade teve que dar para conseguir chegar até aqui. Caminhada ininterrupta e que foi sendo dado passo a passo por cada um de nossos ancestrais.

Nem lembramos que tudo o que temos hoje, que tudo o que somos, deve-se aqueles que nos precederam: Nossos pais, nossos avós,  os pais de nossos avós,  e os avós de seus avós,  numa corrente contínua até o início dos tempos.

Hoje ao olharmos para os imensos arranha-céus que pululam por todas as grandes metrópoles do mundo, nem lembramos que eles são frutos de um acúmulo de conhecimento de milhares de anos, que começou lá atrás quando alguém empilhou uma pedra sobre a outra, passando por alguém que teve a ideia de modelar o barro e criar o tijolo, com outro que teve a idéia de moer a pedra e fazer cimento. Assim cada prédio que vemos, como cada objeto, material ou instrumento que usamos, TUDO  neste nosso mundo moderno, por maior grau de complexidade ou tecnologia que tenha, dependeu para chegar onde chegou,  dependeu para que existisse hoje, que muitas pessoas tivessem acrescentado pelo menos  um  passo a mais aos passos que foram dados por outros antes dele.  TUDO!!! Veja bem, TUDO!!!

Mais isso não ocorre somente com coisas palpáveis,  máquinas, objetos, instrumentos ou construções que encontramos em nosso dia a dia.  Há todo um mundo de idéias, sonhos,  pensamentos, histórias e saberes que também foram sendo passadas de geração em geração,  contadas e recontadas,  transmitidas e absorvidas, algumas até esquecidas,  mas que ajudaram a criar o mundo em que vivemos hoje. Formas de olhar o que existe a nossa volta,  de explicar a vida, através de uma "logística" que muitas das vezes por não ter ainda os meios necessários para dar uma "razão" a tudo que era visível, precisava-se criar, usando a imaginação, uma forma de entender e de explicar o que era o  mundo para si mesmo e para os outros. É algo inerente ao ser humano. Hoje sabemos graças a invenção do telescópio e das viagens espaciais que as manchas escuras na superfície da lua não passam de sombras provocadas por depressões no solo lunar.  Mas e no passado? Quando não havia nem telescópios ou foguetes que nos dessem esta percepção para explicar aquelas manchas? O homem do passado era igual a nós.  Também queria descobrir o que havia por trás das coisas, tinha curiosidade, inteligência, queria explicar as coisas, mas não tinha os instrumentos, então o que ele fazia? Arrumava uma explicação, uma história que pudesse justificar. Neste caso, das manchas na lua, quantas vezes não ouvimos que antigamente na cultura popular brasileira aquelas manchas mostravam a imagem de São Jorge lutando com um dragão?  Hoje nós até rimos desta história,  mas antigamente quem a contava e quem as ouvia levava muito a sério tudo isso. Somos até tentados a pensar que eles eram assim porque eram mais "burros", "ignorantes" ou "ingênuos", mas isso é um grande preconceito nosso, homens e mulheres do mundo moderno, por acharmos que somos melhores que aqueles homens e mulheres que eram tão seres humanos quanto nós.  Estudos revelam que constituição física e mental dos seres humanos de 4 ou 5 mil anos atrás era  a mesma que a nossa. Só não tinham a mesma tecnologia que nós para explicar o mundo e o universo a sua volta, assim como nós temos hoje.

E o mais interessante é que muitas dessas histórias, desses contos, até hoje estão presentes entre nós, nos fascinam e mexem com a gente, fazendo parte do nosso dia sem percebemos  que são coisas "velhas", antigas, a ponto de muitos alunos que dizem odiar ter que estudar história no colégio, vibrarem com as aventuras do deus escandinavo Thor ou se deliciarem com o injustamente acusado de ser "ladrão de raios"  Percy Jackson  filho do deus grego dos mares Poseidon.

Tanto Thor, quanto Poseidon, fazem parte destas histórias que os homens de antigamente se valiam para explicar fenômenos, pois eles não tinham instrumentos de observação adequados que pudessem explicar.  Assim quando um meteorito caia na terra em forma de estrela cadente cruzando o céu a melhor explicação naquele momento seria algo tipo: que um grande deus teria atirado o seu poderoso martelo de um lado para o outro no céu, e de vez em quando irado jogava na terra causando grande medo e estrago. Os raios também eram interpretados como a grande arma de Zeus que por vezes enfurecido jogava sobre a terra. 

E quando vemos essas histórias narradas no cinema,  ficamos  fascinados, alguns que vão pesquisar mais a fundo seus heróis da telona e por fim descobrem que eles não passam de mitos muito antigos. Mais antigos que os avós dos avós de seus avós, de terras distantes no tempo e no espaço, mas que ainda hoje nos trazem valores como bem e mal, certo e errado, justiça e injustiça.

Falamos de Thor, Zeus e Poseidon, deuses que eram cultuados por povos do passado do continente europeu (no caso, Thor pelos antigos escandinavos  e Zeus e Poseidon pelos antigos gregos), mas não podemos nos esquecer que todos os povos do nosso planeta criaram suas histórias, seus heróis,  deuses,  vilões, monstros e espíritos para  explicar a vida, a morte, as doenças,  os medos, os fenômenos naturais e seus próprios valores éticos,  religiosos e culturais.

E o povo brasileiro também tem os seus mitos,  os seus contos e lendas para explicar o mundo a sua volta.

Por vezes parece que menosprezamos a palavra "Folclore"  como se fosse algo de segunda classe a ser aplicada a essa parte da nossa cultura brasileira e valorizamos o termo "Mitologia" para ser aplicado a culturas que historicamente consideramos superiores, talvez pela síndrome de vira-lata que nós brasileiros costumamos ter, acabamos falando em "Folclore brasileiro" e quase nunca nos referimos a 'Mitologia brasileira", como se essa última fosse privilégio de escandinavos e  gregos.

Mas para falarmos de uma "Mitologia Brasileira" devemos antes entender que:

Mitologia é o nome dado ao conjunto de crenças (mitos e  lendas) de determinado povo, bem como é a área do conhecimento que estuda os mitos de diferentes povos; já  Folclore é o conjunto de  tradições e usos populares transmitidos de geração em geração  que representa a identidade social de uma comunidade. Ou seja os mitos e lendas fazem partem de uma Mitologia que por sua vez  insere-se no Folclore de uma determinada sociedade. Ou seja, o Folclore é algo mais abrangente, pois além das lendas e mitos de um povo, envolve também sua musica, danças e canções,  culinária, vestimentas, hábitos, esculturas,  tipos de habitação e muito mais.

Assim vemos que não esta errado dizer que o Tupã, JaciIara ou a Cuca  fazem parte do Folclore Brasileiro da mesma forma que não está errado dizer que estes seres fantásticos fazem parte da Mitologia Brasileira, já que os elementos ( mitos, lendas, monstros e divindades) são objetos constituintes desta Mitologia e esta Mitologia é parte do grande conjunto folclórico brasileiro.

Nos, brasileiros, não devemos nos envergonhar da nossa cultura achando-a menor, menos rica, que a de outros povos. 

Ao colocarmos seres Mitológicos da clássica Grécia antiga, como o Minotauro ou o Centauro, por exemplo, lado a lado com os nossos seres Mitológicos, como a Feiticeira Cuca e o Saci Pererê, nossos contos populares em nada ficam a dever, seja em termos literários, de interesses culturais ou sociológicos, àqueles produzidos em outras partes do mundo. Zeus não é mais forte, poderoso, bonito ou importante que Tupã, mas para se descobrir isso  é preciso que cada brasileiro conheça um pouco mais da Mitologia do seu próprio povo, um pouco mais dessa nossa  "Mitologia Brasileira ".


                                                        💙💓💚💛💜💝


E agora? Deu vontade de conhecer mais sobre nossos seres mitológicos?


A mitologia brasileira é uma combinação fascinante de uma variedade de fontes, todas misturadas para criar um conjunto verdadeiramente diversificado de lendas, com uma vasta gama de personagens divertidos (e às vezes aterrorizantes)! Dos colonos portugueses que vieram para a América do Sul, a tradição e as religiões dos escravos africanos que foram trazidos para o trabalho das plantações, as tradições dos santos no catolicismo romano e a vasta variedade de histórias, feras e lendas que existem dentro das culturas de Os muitos grupos nativos que habitam as selvas amazónicas que compõem o país, surgiu uma rica tapeçaria de histórias!


Um abraço!

Não esqueça seu comentário aqui embaixo! 😀 👇

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1 comentário:

  1. oi eu gostei e muito de conhecer sobre essas creaturas beings. E eu quero conhecer ainda mais sobre elas.

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